O milagre da rivalidade no Jiu-Jitsu, con André Galvão y Bráulio Estima

Braulio Estima y Andre Galvão Foto: Ivan Trindade / GRACIEMAG

Always na busca de trazer grandes lições para você, nossa equipe mergulha new em nosso baú para recordar as melhores reportagens publicados na revista de Jiu-Jitsu mais lida do country.

Esta semana grabamos el artículo de capa da GRACIEMAG # 188, publicado en 2012, con pruebas de que uma rivalidade sadia puede oferecer a quem faz Jiu-Jitsu.

Para leer más contenidos exclusivos como este, assine GRACIEMAG, en formato digital.

O milagro da rivalidade

Cuando Carlson Gracie era joven, seu pai, Carlos, tinha um jeito bastante curoso para incentivar or filho a fugir da estagnação nos treinos. Carlos anunció aos jornalistas cariocas que João Alberto Barreto, à época instrutor da Academia Gracie, seria o representante da família para o próximo gran desafío de vale-tudo.

“Isso aconteceu inclusive às vésperas do combate contra o Valdemar Santana. Não tinha cabimento eu lutar contra o Valdemar. Ele tinha vencido o mestre Helio [no histórico combate com duração de 3h45m]. Se supuso que alguém da família teria que resolver. Mas só de o Carlos sugirió o meu nome, o Carlson pasó a treinar feito louco”, registra Barreto.

Por años a fio, João Alberto Barreto funciona como el gran estímulo de perfeccionamiento técnico para Carlson, aquele a morder seu calcanhar. Mmm rival. Claro, a relação de amizade between os dois lutadores never fori abalada em razão disso. It was uma rixa tácita, construtiva, and foi assim que a competência de Barreto serviu as agent catalisador à expansão do potencial de Carlson, que se firmou ao longo da carreira as um dos maiores campões de sua época, derrotando a Valdemar Santana and tantos outros adversá enfrentamientos épicos.

Visionario y extremadamente intuitivo, gran maestro Carlos sabia que una relação sadia de rivalidade es capaz de aportar una forma decisiva para una evolución del Jiu-Jitsu práctico. Os anos passaram, o século mudou, Carlos y Carlson já faleceram, mas o “milagre da rivalidade” sigue beneficiando atletas em todo o planeta. Veja, por ejemplo, o que o jovem faixa-preta Jeff Glover declara recientemente sobre su gran rival, Caio Terra:

“De uma forma meio louca, Caio tem incentivado bastante o meu trabalho. Nossa rivalidade chama atenção no mundo do Jiu-Jitsu and isso serve para nos empurrar para frente. Sou muito grato ao Caio, ele me faz buscar aperfeiçoamento, afinal, tenho receio de perder para ele. Eu treino falls there is corn para que isso não aconteça, não quero ser derrotado por ele, Caio is como uma montanha huge que eu tenho que escalar.

Vaidade y estagnação

Embora, na teoría, como relações de rivalidade sejam benéficas para o progreso dos practicantes de Jiu-Jitsu; na prática, há uma muralha de cabreirismos and hesitações que faz com que muitos practicantes evitem or frenzy. Em outras palavras, não é todo el mundo que sabe lidar de forma proveitosa com uma relação de rivalidade, seja ela entre companheiros de treinos (as no case of Carlson and João Alberto) ou between lutadores of academics different (feito Glover and Terra).

Muitas vezes, em vez de estimular crescimento e motivar o esforço nos treinos, a figure do rival causa pânico, bloqueios, afastamentos and desistências. Sim, há quem abandone o esporte por contarlo incapacidade de se expor à possibilidade de perder para um rival. Em gran parte de dos casos, it incapacidade está ligada a um pecado capital: a vaidade.

“Muita gente não aceita perder nem em treino”, lamentos o faixa-preta Léo Nogueira. “Ganhar ou perder de um companheiro de time, que mal tem? O diferencial para evoluir e se tornar um campeão is justamente não se to look. Es treinar cansado, passar perigo. Treinar inteiro é fácil, quero ver treinar exausto.”

GRACIEMAG garante: si el practicante de Jiu-Jitsu muda a maneira de ver o enfrenzia com o rival, si em vez de buscar a vitória, o lutador passar a perseguir apenas o aprendizado, tudo ficará extremamente mais fácil y prazeroso. “A pressão em ter que vencer um rival puede simplemente implodir um lutador”, analisa Rickson Gracie. “Faça o maximo que puder e saiba que o resultado final não depende apenas de você. Es similar a disparar a pressão do meu cotidiano. Só vou fazer o que for possível, o que não for possível já está resuelto. Any quer que seja or result eu vou voltar para casa satisfeito”, concluyó Rickson.

O famigerado triângulo invertido de Braulio sobre Galvão, no ADCC 2009. Foto: Arquivo GRACIEMAG

Flávio Canto es un ótimo ejemplo de lutador que no se deixa paralisar peel pressão e pelo medo de enfrentarum rival. Cantar vivencia isso com alegria y com o entusiasmo de estar siempre abriendo. O craque chega ao extremo de ensinar, em detalhes, seus golpes mais fortes para os rivais. “Siempre ofereci o meu conhecimento para os adversários. Claro que muitas vezes não get corn pegá-los nos golpes y técnicas que lhes ensinei. No importa. Isso fez com que eu tivesse que me aperfeiçoar ainda mais para lograr vencê-los. Ou seja, se você ensinar seus pontos fortes para seus parceiros de treino e adversários, será obrigado a evoluir.

Cómo identificar a un rival

A figure de um rival não pode ser confundida com a de um “adversário qualquer”. Por ejemplo: o faixa-roxa que você vence a toda hora nos treinos não é capaz de estabelecer com você uma relação de rivalidade. Esse faixa-roxa não é capaz de tirar você from the comfort zone, não adrenaliza um embate. Rival é o avesso disso, é aquele oponent que de alguma forma sigue alfinetar a su confiança. É aquele que tem potencial para sobressair num compare contra você. Claro, it relação de rivalidade se acirra ainda mais case haja uma grande recorrência de confrontos between vocês, em circunstâncias especiais, as for exemplo, num desafio evolutionando milhares de dólares, na superluta do maior event de sumisión do planeta.

Es el caso de André Galvão y Bráulio Estima, dois astros do Jiu-Jitsu que vão se enfrentarán na superluta
do ADCC 2013. O mundo das artes marciais está ansioso por asistir ao confrontation desses dois guerreiros, cuja relação de rivalidade sirve como modelo y guía para este reportaje, afinal, André and Bráulio se permitem usufruir das benesses da competitividade amigável and proveitosa que travam Yes .

“Graças a Deus eu sofri aquele triângulo invertido do Bráulio no ADCC 2009”, diz Galvão. “Agradeço por aquilo ter acontecido na minha vida, pois me ajudou a não querer mais aquilo pra mim and me deu muita vontade de voltar a vencer, em vez de simplemente desistir.”

Galvão y Bráulio se enfrentarán dos veces. Na primeira vez, deu Galvão, num combat eletrizante na final from category meio-pesado do Mundial 2008. “Tudo começou ali”, lembra André. “A luta foi muito boa, estudei muito o jogo do Bráulio naquele ano”.

No segundo embate, no ADCC 2009, Bráulio derrotou Galvão de forma esplêndida, registrando a um triângulo invertido que acabou estampado na capa da GRACIEMAG # 153. Tal acontecimento, capaz de traumatizar muitos lutadores, teve or tal “efeito catalisador” em Galvão. O craque treinou até não poder mais, melhorou seu poder cardiovascular, aperfeiçoou a técnica, caçou a sopração de forma implacável. No ADCC Seguinte, edición de 2011, André se sagrou campeão noweight and no absoluto, dando un salto al tope, y aparecendo na capa da GRACIEMAG # 176, desta vez com uma imagem vitoriosa, to which ele teve o maior orgulho de enquadrar e pendurar na parede.

Bráulio sabe que Galvão está vindo num frenético ritmo para enfrentá-lo em 2013, o que obriga o Carcará a treinar cada vez mais para conter o ímpeto do rival. Y es assim que a dynâmica de boa rivalidade fomenta a evolução de ambos os faixas-pretas.

“O Galvão me obriga a treinar diversos fundamentos específicos, como, por ejemplo, a defesa para o armdrag”, analiza Bráulio. “O armdrag é uma das técnicas mais perigosas do Galvão, ele faz com muita eficiência, and ending o movement grapeado nas costas do adversário. Aliás, foi assim que eu perdi para ele naquele Mundial de 2008, com um estrangulamento pelas costas”.

Jamais escolha treinos!

GRACIEMAG vê extrema importância nessa perspectiva de gran aprendizagem a partir de la figura de cultivo do “bom rival”. Queremos banir de la vida de nuestros lectores a la cultura de “escolher adversários” y se manter confortável treinando ou competindo apenas contra aquellos que são derrotados fácilmente.

“Si você escolhe treinos na academia, você vai ficar always na estaca zero. Os desafios começam nos treinos com seus companheiros. Aquele dear que tem looks chata, aquele que amassa por top, aquele que te pega always… Esses são os caras que você must always chamar para treinar e intentar achar uma melhora a cadda dia. Es una filosofía minha, é o jeito que eu aprendi e fiz”, ensina Galvão.

“Estoy de acuerdo como André, pero vale la pena lembrar que também pode ser produtivo treinar com colegas de nível technico inferior ao nosso”, pondera Bráulio. Só vai depender from his criatividade, leitor, em transform um “treino easy” num “treino instigante”. Por ejemplo, você pode deixar um colega menos graduado encaixar uma chave de braço em você. A partir de esta situación, treine a mecânica das defesas para tal chave. Que tal?

“Pelo fato de eu ser da primeira geração da Gracie Barra PE, poucos me amassavam no time, então eu e meu professor Zé Radiola bolávamos treinos específicos para eu evoluir”, recorda Bráulio.

Criatividade, portanto, está entre las virtudes que o practicante de Jiu-Jitsu não puede abrir mão. A outra virtude fundamental tem a ver com a humildade em querer estar sempre aprendiendo. Junte a esses dois elementos um bocado de disposição y ready. O el progreso del lutador de Jiu-Jitsu irá naturalmente. Os campeões garantem!